A calibração de instrumentos de medição nada mais é do que uma comparação entre uma medida conhecida e a medida a ser usada em seu instrumento. Normalmente, a precisão do padrão deve ser melhor do que a do dispositivo de medição que está sendo testado.
A calibração dos instrumentos de medição tem dois objetivos principais, o primeiro é verificar a precisão do instrumento e determinar a rastreabilidade da medição. Na prática, a calibração também inclui reparo do dispositivo em determinados casos, se estiver fora de calibração. Um relatório é fornecido pelo especialista em calibração, que mostra os resultados das medições e os desvios em relação aos padrões. Continue lendo.
Todos os instrumentos de medição, tais como medição de, pressão, temperatura, gases e eletricidade, devem ser calibrados com alguma escala-padrão em intervalos regulares, conforme especificado pelo fabricante.
Com o passar do tempo, a precisão destes dispositivos de medição diminui, geralmente pelo próprio uso do aparelho. Para ter certeza de que os resultados estão sendo medidos, existe a necessidade contínua de fazer a calibração de instrumentos de medição durante toda a sua vida útil, para medições confiáveis e precisas de forma contínua.
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O objetivo da calibração de instrumentos de medição é minimizar qualquer incerteza de medição, garantindo a precisão do equipamento de teste e ter a certeza de que as leituras sejam consistentes com outras medições. A calibração quantifica e controla erros ou incertezas nos processos de medição para um nível aceitável.
Sabemos que os processos metrológicos precisam ser feitos em ambientes propriamente pensados e estruturados conforme os instrumentos que serão calibrados ali. A temperatura desses laboratórios deve ser controlada, porque o instrumento pode dilatar ou diminuir de acordo com essa condição ambiental. Então quando você realiza uma calibração, os valores podem oscilar segundo a temperatura do laboratório.
Por volta dos anos 90 a temperatura ambiental não era normalizada, ou seja, cada país seguia as suas próprias regras nos ambientes de calibração, e elas variavam de 20 a 25°C. Nessa época, cada equipamento era fabricado conforme a normalização do país em que seria utilizado, e isso gerava muitos problemas em situações como análises interlaboratoriais, que ocorriam em diferentes países.
Hoje, já podemos perceber que algumas áreas têm normas fixas em todo o mundo. Um exemplo é a norma da área de elétrica, que prevê que a temperatura do laboratório de calibração deve estar em 23 °C. E essa é uma tendência que vai acontecer em todas as áreas, pois ajuda a garantir que o procedimento foi feito da maneira certa e os resultados apresentados no certificado de calibração serão aceitos mundialmente.
A maneira mais adequada de manter a temperatura do laboratório é não desligar os equipamentos que estão te ajudando a chegar nela. Por exemplo, se no final do dia você desliga o ar condicionado, no outro dia quando você ligar, a temperatura vai estar a 23 °C bem rápido. O problema é que o instrumento calibrado pode levar mais tempo para estabilizar conforme o material dele. Existem alguns materiais que precisam ser estabilizados por um bom tempo para estarem aptos para calibração.
Em uma calibração de bloco padrão, por exemplo, se os blocos não estiverem estabilizados em 20 °C a calibração pode levar dias. Isso acontece porque a variação de temperatura causa dilatação ou compressão do material e torna os resultados menos confiáveis.
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