Quando falamos em calibração de equipamentos, automaticamente estamos falando sobre a ISO 17025. Essa norma, que busca ajustar os instrumentos a um padrão de qualidade, pretendem assegurar a excelência e o desempenho dos produtos.
Por outro lado, ao falarmos sobre verificação de equipamentos, é da ISO 10012 que estaremos tratando. Diferente da norma acima, essa determina a necessidade de ocorrer o processo de verificação nos requisitos de calibração. Ou seja, avaliar se existiram erros ou incertezas durante a medição.
A verificação periódica é um processo que ocorre no lugar onde o instrumento está instalado e, em alguns casos, ocorre em intervalos específicos, definidos no procedimento de metrologia da indústria. Esses períodos são fixos por regulamentos ou conforme o interesse do proprietário do instrumento.
Todo instrumento de medição novo ou renovado, após sua colocação em uso no local da instalação, estará sujeito a verificação periódica, conforme previsto na regulamentação técnica metrológica aplicável para a categoria do instrumento de medição.
Esse processo é normalmente realizada por órgãos acreditados do INMETRO, mas também pode ser realizada pela própria indústria, se ela tiver capacidade técnica para executar esse procedimento.
Porque realizar verificações intermediárias?
Dentre os motivos para realizar verificações intermediárias estão:
- Garantir que o instrumento está em perfeitas condições de operação;
- Identificar se o instrumento está nos limites de aceitação (erro, incerteza);
- Identificar se as características não foram alteradas (etiquetas de controle, peças, estado de conservação e manutenção);
- Verificar se os resultados da calibração continuam válidos.
Além disso, a verificação intermediária pode ser usada como base para ajustar a periodicidade de calibração do instrumento, ajudando a garantir a conformidade do produto!
Isso é necessário porque a periodicidade de calibração definida para o instrumento novo sofre alterações temporalmente. Essas alterações se devem a uso inadequado do operador, exposição do instrumento a ambientes inapropriados para ele, uso excessivo, entre outros fatores.
Leia também: Saiba o que é calibração direta e indireta.
Verificação inicial
É o momento em que o fabricante ou importador apresenta o instrumento ao INMETRO para uma avaliação técnica com a finalidade de verificar se ele atende às exigências regulamentares, como por exemplo, se o instrumento está ligando/desligando.
Esse processo é feito por um órgão acreditado do INMETRO e pode ser realizado no local em que o instrumento será utilizado. Vale ressaltar que após essa verificação, o instrumento receberá um selo do órgão fiscalizador.
Verificação subsequente
Mesmo depois do instrumento ser comercializado e estar no local de uso, ele pode ser submetido a outros tipos de verificação, que são chamadas de verificações subsequentes.
Essas verificações são divididas em três tipos: a verificação periódica (sobre a qual nós conhecemos um pouco mais no início do texto), a verificação após reparo e a verificação voluntária.
- Verificação após reparo: ocorre sempre que o instrumento passar por algum reparo, conserto ou manutenção;
- Verificação voluntária: é realizada quando surge alguma desconfiança por parte do proprietário em relação às medições do instrumento e não precisa ser próximo à data de verificação ou calibração daquele instrumento.
As verificações fazem parte do processo metrológico para complementar a calibração dos instrumentos, e apesar de ser um processo aparentemente mais simples do que a calibração, tem igual importância.
Com um processo de verificação bem executado, você vai tornar suas operações mais confiáveis por meio da antecipação de alguns problemas decorrentes da perda de confiabilidade metrológica dos instrumentos.
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